Podemos então concluir que…

Ao criar a sapatilha de ponta Fillipo Taglioni, desenvolveu, também, a técnica do ser etéreo, do sonho, do seu tutu semi-longo de tule, com corpete justo, dando vida à forma mais acabada da inspiração da mulher no Romantismo. A dança passa a ser considerada uma arte merecedora de competir com a poesia e a pintura, pois o movimento começa a transmitir formas, como também as mais encantadoras ideias. Tecnicamente, o ballet romântico fez um apelo aos contos de fadas que narravam pequenas histórias e passou a usar, efectivamente, os princípios de interpretação, desenvolvidos por Noverre, no século XVIII. A partir daí, puderam identificar os usos dos braços, as expressões do rosto e a sapatilha de ponta. No trabalho corporal, foi privilegiado o desenho das pernas e a conquista do espaço. Continuando esta contribuição para a técnica, surge o virtuosismo que passa a ser muito exaltado. Por isso, a performance é mais importante que o conteúdo.

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